A bateria no Tango
No percurso da historia a bateria
foi muitas vezes preterida pelo preconceito generalizado que se tem pelo
instrumento. No Tango a coisa não foi diferente.
Como diz o meu amigo Jose Vicente
Boesmi ( dono de um dos maiores acervos
de fotos e gravações de Piazzolla), “um amante do Tango tradicional não aceita nem uma virgula de transformação no roteiro ritual do Tango,
mas, para o bem da música, aos poucos o público vai mudando e, assim, o tango pôde
abrigar novos timbres, trazidos pela
bateria por exemplo, e deste modo conviver com o novo”.
Os protagonistas.
Se quisermos lembrar alguns bateristas famosos não podemos
deixar de citar a Jose “Pepe” Corriale, que tocou com Francisco Canaro nos anos
30, e anos mais tarde com Osvlado Fresedo, Julio de Caro, Carlos García e
Libertéla e Lucas Demare. Mariano Mores, que foi o primeiro baterista de Astor
Piazzolla. Temos que lembrar também de Enrique “Zurdo “ Roisner (tocou com Dino
Saluzzi,Leopoldo Federico, mas se consagrou como o batera histórico de
Piazzolla),e ainda de Norberto Minichilo, com seu trio “Terceto”, e, dos atuais, de Jose Luis Colzani ,que tocou com Manolo
Juarez, Jose Colangelo a Luis
Cerábolo (este gravou com Piazzolla e
seu grupo eletrônico em 1977), de Lucas Canel, que toca em trio com Mario
Parmisano, de Quitino Cinalli, que toca com Saluzzi e de “Pipi”Piazzolla (neto do Piazzolla), este líder do grupo “Scalandrum”
e batera do disco de Pablo Aslan , “Piazzolla em Brooklin”, um disco indiscutivelmente
importante na nova perspectiva do estilo.
Sobre o lugar da bateria.
É importante destacar, comenta
meu parceiro Juan Pablo Navarro (para mim, um dos maiores contrabaixistas de
tango da atualidade) que a bateria no Tango não é um instrumento que possa ter
uma performance mais de liderança como acontece no jazz ou na música latina ,
aqui se subordina ao piano e ao baixo atuando como um complemento. Podemos
dizer, continua Pablo, que a bateria é tratada mais como percussão, como algo
flexível e que nunca se deve impor ao baixo e ao piano, é mais algo de
contraponto que de protagonista. (Na foto Jose Corriale)
Os ritmos que fazem parte do Tango.
Falando estritamente dos ritmos
internos do tango, podemos enumerar 1) a milonga (habanera e a milonga surenha );
2)o tango candombe; 3) o tango
propriamente dito; 4) a valsa (mais intimista e mais rápida) e 5) o estilo
Piazzolla.
(Na foto Pipi Piazzolla que representa a atualidade na bateria no Tango).
Vamos a continuar com este tema incluindo gravações e exemplos escritos para ampliar o artigo e dar realmente um contexto com o qual se possa compreender melhor a multiplicidade de variantes que envolve o tema.
Abraços para todos.
(Na foto Pipi Piazzolla que representa a atualidade na bateria no Tango).
Vamos a continuar com este tema incluindo gravações e exemplos escritos para ampliar o artigo e dar realmente um contexto com o qual se possa compreender melhor a multiplicidade de variantes que envolve o tema.
Abraços para todos.
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